segunda-feira, 26 de maio de 2014

Nicolelis: chute de paraplégico na Copa é apenas 1º passo


Colocar um paciente paraplégico para caminhar dentro de campo e dar o pontapé inicial da Copa do Mundo no Brasil será apenas o primeiro passo de um projeto que continuará a ser desenvolvido, com o objetivo de ajudar pessoas com paralisia a andar novamente, afirmou o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.



Neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis mostra exoesqueleto em laboratório em São Paulo

Foto: Paulo Whitaker / Reuters

À frente de uma equipe de 156 cientistas de 25 países, Nicolelis está concentrado na reta final para a demonstração na abertura do Mundial, em 12 de junho, quando um paciente paraplégico caminhará pelo campo da Arena Corinthians usando uma estrutura robótica chamada de exoesqueleto e dará o pontapé inicial da partida entre Brasil e Croácia.

"A demonstração da Copa é simbólica... Não é ciência. A ciência nós fizemos aqui (no laboratório). Está sendo feita aqui... É quase que um presente do Brasil para a humanidade, mas é só o começo, é um primeiro passo, literalmente", disse o neurocientista em entrevista à Reuters no laboratório instalado desde novembro na zona sul de São Paulo.

"O intuito, a longo prazo, de toda a rede Walk Again (Andar de Novo) pelo mundo afora, é criar tecnologias que possam ser usadas pelos pacientes. Não só o exoesqueleto, existem outras tecnologias em que estamos trabalhando", acrescentou.

Todos os oito pacientes que participam do projeto já caminharam com o exoesqueleto, usando comandos cerebrais.

Eles também passaram pelo que Nicolelis chama de "treinamento cerebral" num sofisticado simulador em que os pacientes comandam os movimentos de um avatar na tela e recebem, por meio de sensores táteis, a sensação de estarem caminhando.

Para realmente deixá-los preparados para o ambiente da abertura do Mundial, o som ambiente é o de uma barulhenta torcida. Entre as torcidas ruidosas escolhidas pela equipe de Nicolelis estão a alemã e a turca.

"(A ideia) é fazer o cérebro imaginar que as pernas funcionam de novo", explica o cientista sobre o simulador, que foi testado, inclusive, pelo ex-atacante da seleção brasileira Ronaldo, numa visita que fez ao laboratório de Nicolelis.

Após este treinamento cerebral, os pacientes passaram a usar o exoesqueleto, ferramenta que permitirá não apenas que eles andem novamente usando os comandos cerebrais, mas também que sintam a sensação de caminhar, graças a uma "pele artificial" coberta por sensores, que vai revestir o aparelho.
E a equipe de Nicolelis já mira melhorias no exoesqueleto, como a redução do peso dos atuais 70 quilos para 50 quilos, já antes da abertura da Copa, e num prazo um pouco maior, a inclusão de braços no aparelho para que ele também seja usado por pacientes tetraplégicos.
O projeto Walk Again (Andar de Novo) teve sua ciência básica - experimentos em animais, por exemplo - financiada pelos Institutos Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês), órgão do governo dos Estados Unidos que é a maior agência de pesquisa biomédica do mundo. A fase clínica, que está sendo feita no Brasil, tem financiamento de R$ 34 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa de fomento à pesquisa ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia.
Formado em medicina pela USP e professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, Nicolelis é frequentemente apontado como favorito para se tornar o primeiro brasileiro a vencer o Prêmio Nobel. Perguntado sobre a possibilidade, o palmeirense roxo que não tirou o boné do alviverde em nenhum momento da entrevista, faz graça.

"É certamente bem mais fácil o Palmeiras ser campeão", riu, antes de dar de ombros para a premiação sueca. "Existe um certo fetiche por prêmios no Brasil, é parte, num certo sentido, do nosso complexo de vira-lata, que saiu do futebol, mas não saiu de vários aspectos da nossa cultura", comentou o cientista, que tem em Santos Dumont uma grande inspiração.

"Cientistas que eu conheci na minha carreira que não ganharam o Prêmio Nobel, fenomenais, nunca perderam o sono da noite, porque eles sabem que a contribuição deles vai entrar para a história, a despeito do que um grupo de pessoas decida na Suécia."

O neurocientista, que mostra seu patriotismo com uma bandeira do Brasil sempre ao lado do exoesqueleto e com fotos da seleção brasileira espalhadas pelo laboratório, manifesta confiança na realização da Copa e vê um "pessimismo exacerbado" vigente hoje no País.

Reclama ainda do fato de que algumas pessoas "jogaram contra" seu projeto no Brasil, e atribui o fato à uma "polarização" que o País vive sem, no entanto, entrar em detalhes.



Nicolelis, 53 anos, guarda ainda um grande segredo: usará ou não o inseparável boné do Palmeiras diante de 68 mil torcedores na Arena Corinthians, estádio do maior rival do alviverde?"Essa é a pergunta mais importante de todo projeto. É a pergunta que aterroriza o meu pai corintiano", brinca. "Vou deixar em segredo isso, até o momento final."

Fonte: Portal Terra

terça-feira, 6 de maio de 2014

História do leitor

Esse é o Rodrigo Martins Novo, 22 anos e mora em São Paulo, Zona Sul. 
Há um ano (dia 17/02/2013) sofreu uma tentativa de assalto em frente a casa de sua namorada  e foi baleado, o tiro atingiu seu ombro esquerdo perfurando ossos e músculos e impossibilitando os movimentos do pescoço para baixo. Durante 15 dias ficou em coma, permaneceu na UTI durante 48 e mais 14 dias no quarto do Hospital Nove de Julho, totalizando 62 dias. No inicio os médicos diagnosticaram o seu quadro em tetraplegia e disseram a sua família que com sorte mexeria apenas seus olhos. Após um mês de internação foi realizada a primeira cirurgia para retirada da bala da medula e por um milagre foi descoberto que a bala não rompeu o canal, mas machucou e obstruiu e que suas chances de voltar a andar aumentariam. 
Durante esses 62 dias sua evolução foi surpreendente e após esse período foi para casa conseguindo mexer, mesmo com dificuldade, pescoço e braços, deixando os médicos de boca aberta.
Hoje após um ano de muita fisioterapia, dedicação e evoluções Rodrigo consegue movimentar seus braços, tronco e bacia e há três dias conquistou mais uma vitória, venceu mais um desafio, o Centro de Recuperação proporcionou a experiência de novamente conseguir pedalar, em uma bicicleta ergométrica sem a ajuda de aparelhos. Deu suas primeiras 100 pedalas após o acidente apenas com suas próprias pernas, o que para os médicos há uma ano era impossível! 
Um exemplo de vida, mostrando a todos que tudo é possível para quem tem fé, determinação e garra! 

Assista o vídeo e acompanhe a história desse grande heroi!


 


E você, tem uma história? Mande pra gente!


Brasileiro de 8 anos arrecada mais de R$ 5 mil para ajudar pessoas cegas

Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.Talvez a frase do poeta francês Jean Cocteau possa ser usada para definir a história do pequeno Alejandro Cuan Tichauer. Com apenas oito anos, o menino de São Paulo colocou na cabeça que iria ajudar a melhorar a realidade dos deficientes visuais do Brasil – e conseguiu (até mais do que esperava).

Tudo começou quando Alejandro assistiu, no colégio onde estuda, a uma palestra da Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual (Laramara). Os especialistas falaram a respeito das dificuldades que as pessoas cegas enfrentam no dia a dia e despertaram em Alejandro a vontade de ajudar.



Determinado, o menino colocou na cabeça que iria comprar uma Máquina Braille para doar à entidade. Como? Ele escreveu cartas pedindo ajuda financeira para sua causa e distribuiu, pessoalmente, os bilhetes para vizinhos, colegas do colégio, professores e amigos dos pais.

Como resultado, Alejandro arrecadou bem mais do que o dinheiro necessário para comprar uma Máquina Braille. 
Com os R$ 5.010,00 que juntou, ele conseguiu comprar dois equipamentos desse tipo, além de 25 bengalas. 

Todo o material já foi doado à Laramara e ajudou a melhorar a situação de dezenas de deficientes visuais. Não sabendo que era impossível, ele (um menino de oito anos, vale lembrar) foi lá e fez!

Fonte: Blog Revista Super Interessante.

História de superação

Aaron Fotheringham é paraplégico desde que nasceu.

Impressionante é o que se pode dizer da história de Aaron Fotheringham. O esportista tem 22 anos e foi adotado ainda bebê, quando foi abandonado por seus pais biológicos no hospital por ter problemas na má-formação da medula que o impossibilitavam de se locomover.

Aaron hoje usa sua cadeira de rodas para praticar esportes radicais. O atleta que hoje é recordista e vencedor de vários prêmios leva a vida com muito humor. "Eu vi a cadeira de rodas como algo com o qual eu poderia me divertir", contou o atleta.


Aaron Fotheringham descendo a Mega Rampa




Abaixo um vídeo onde Aaron Fotheiringham mostra aslgumas de suas manobras:




Confira mais videos e informações no site do G1:
http://gshow.globo.com/programas/domingao-do-faustao/O-Programa/noticia/2014/05/nakamura-ganha-elogio-de-atleta-norte-americano-adoro-seus-olhos.html

As próteses mecânicas mais estilosas que você já viu

As capas são produzidas pela empresa Bespoke Innovations, especializada no desenvolvimento de capas impressas em 3D para próteses de pernas. A empresa também personaliza de acordo com o gosto do cliente.


As próteses de pernas feitas em metal fino ou fibra de carbono sempre deram conta do recado                                                                                e continuam sendo muito úteis a quem precisa delas. O que o designer Scott Summit se questionou é por que elas não poderiam ser mais bonitas, como toda tecnologia que adquirimos e que costumam levar em conta também o design.
Sendo assim, ele e o médico Kenneth Trauner fundaram a Bespoke Innovations em São Francisco, nos Estados Unidos, em 2010. A empresa é especializada no desenvolvimento de capas impressas em 3D para próteses de pernas. Para fazer o produto a startup faz uma análise tridimensional para capturar o formato exato de cada prótese e com a forma mapeada, impõe personalidade às capas.
Assim, alguém com uma tatuagem pode solicitar uma capa esculpida que combine com o desenho, por exemplo. As capas custam, em média, US$ 4 mil.
O negócio cresceu e chamou a atenção da 3D Systems, empresa especializada em impressão 3D, que comprou a Bespoke em 2012.

Veja alguns exemplos:

Summit se baseou nas tattoos de um dos seus clientes para criar sua prótese com os mesmos desenhos reproduzidos em impressão 3D.

Jim sofreu um acidente de moto e perdeu uma das pernas. O tema serviu de inspiração para o design final.

Impressão 3D com textura similar às rendas artesanais.





SP estuda incentivo para incluir portadores de deficiências

Governo deve conceder incentivos fiscais à empresas que comprarem produtos e equipamentos tecnológicos que facilitem a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Deficiente Online: Empregos Vagas Currículos Leis Normas para Pessoas com deficiência, Contratação Deficientes e Surdos. Vagas Para Deficientes (Pessoas com Deficiencia)

Diretos e Benefícios aos Portadores de Deficiencia e de Doenças Graves

Fique por dentro dos seus Direitos e Benefícios.


Em meio a tantas leis e normas que alteram diuturnamente, é comum que pessoas portadoras de doenças graves ou mesmo os responsáveis por estes doentes, desconheçam quais são os direitos ou benefícios existentes que podem contribuir para melhorar a condição de vida dos pacientes, bem como, indiretamente, dos responsáveis diretos por cuidar destes doentes.
As Doenças Crônicas ou graves são doenças de evolução prolongada, permanentes, para as quais, atualmente, não existe cura, afetando negativamente a saúde e funcionalidade do paciente. No entanto, os seus efeitos podem ser controlados, melhorando sua qualidade de vida.
A bem da verdade, quando não há ninguém na família que seja portador de alguma doença grave é normal não se interessar em buscar mais informações ou mesmo ignorar uma notícia que ouvimos ou vemos num jornal, revista ou TV.
Mesmo que tal situação não seja uma realidade na família é quase impossível se dizer que não conhecemos um vizinho, parente de um amigo, conhecido do trabalho, da escola ou do meio social em que vivemos, que seja portador de doença grave e que possa estar precisando de ajuda.
Por isso, é importante despertar esta preocupação com o próximo, buscando repassar todo tipo de informação e conhecimento que, de alguma forma, vá contribuir para que estes portadores busquem melhorar sua condição de vida e de suas famílias, requerendo junto aos órgãos municipais, estaduais e federais, o reconhecimento de seus direitos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define como doenças crônicas as doenças cardiovasculares (cerebrovasculares,isquêmicas), as neoplasias, as doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. A OMS também inclui nesse rol aquelas doenças que contribuem para o sofrimento dos indivíduos, das famílias e da sociedade, tais como as desordens mentais e neurológicas, as doenças bucais, ósseas e articulares, as desordens genéticas e as patologias oculares e auditivas.
O art. 151 da Lei 8.213/91 (Planos de Benefícios da Previdência Social) dispõe uma lista de doenças consideradas graves, a saber: 
  • tuberculose ativa;
  • hanseníase;
  • alienação mental;
  • neoplasia maligna (câncer);
  • cegueira;
  • paralisia irreversível e incapacitante;
  • cardiopatia grave;
  • doença de Parkinson;
  • espondiloartrose anquilosante;
  • nefropatia grave;
  • estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
  • síndrome da deficiência imunológica adquirida - AIDS;
  • contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada; e
  • hepatopatia grave. 

Isenção do Imposto de Renda
São isentos do Imposto de Renda os rendimentos sejam relativos a aposentadoria, pensão ou reforma (outros rendimentos não são isentos), incluindo a complementação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia, os portadores das seguintes doenças:
  • AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida);
  • Alienação mental;
  • Cardiopatia grave;
  • Cegueira;
  • Contaminação por radiação;
  • Doença de Paget em estados avançados (Osteíte deformante);
  • Doença de Parkinson;
  • Esclerose múltipla;
  • Espondiloartrose anquilosante;
  • Fibrose cística (Mucoviscidose);
  • Hanseníase;
  • Nefropatia grave;
  • Hepatopatia grave (observação: nos casos de hepatopatia grave somente serão isentos os rendimentos auferidos a partir de 01/01/2005);
  • Neoplasia maligna;
  • Paralisia irreversível e incapacitante;
  • Tuberculose ativa. 
Isenção do IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
As pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que menores de 18 (dezoito) anos, poderão adquirir, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, com isenção do IPI, automóvel de passageiros ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi).
O direito à aquisição com o benefício da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada dois anos, sem limite do número de aquisições, observada a vigência da Lei nº 8.989, de 1995 atualmente prorrogada pela Lei 11.941/2009, art. 77, até 31.12.2014.
Isenção do IOF - Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou Relativas a Títulos ou Valores Imobiliários
São isentas do IOF as operações financeiras para aquisição de automóveis de passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de potência bruta para pessoas portadoras de deficiência física, atestada pelo Departamento de Trânsito do Estado onde residirem em caráter permanente, cujo laudo de perícia médica especifique;
a) o tipo de defeito físico e a total incapacidade do requerente para dirigir automóveis convencionais;
b) a habilitação do requerente para dirigir veículo com adaptações especiais, descritas no referido laudo;
A Isenção do IOF poderá ser utilizada uma única vez.
Saque do FGTS e do PIS
Terão direito ao saque do FGTS quando:
  • O trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV;
  • O trabalhador ou seu dependente for acometido de neoplasia maligna - câncer;
  • O trabalhador ou seu dependente estiver em estágio terminal, em razão de doença grave;
  • O titular da conta vinculada tiver idade igual ou superior a 70 anos;
Acréscimo de 25% na Aposentadoria por Invalidez
O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento). A comprovação desta assistência permanente (quando o aposentado está incapacitado para as atividades da vida diária) depende de constatação por meio de perícia médica do INSS, considerando que:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
Amparo Social - Pessoa Portadora de Deficiência
O benefício de assistência social será prestado ao portador de deficiência (incapacitada para a vida independente e para o trabalho, ou seja, aquela que apresenta perdas ou reduções da sua estrutura, ou função anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, de caráter permanente), independentemente de contribuição à seguridade social, no valor de um salário mínimo, desde que a renda familiar mensal (per capita) seja inferior a ¼ do salário mínimo;
A avaliação da deficiência e do grau de incapacidade será composta de avaliação médica e social. As avaliações serão realizadas, respectivamente, pela perícia médica e pelo serviço social do INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim.
Desconto na Conta de Energia Elétrica
As famílias incluídas no Cadastro Único de Programas Sociais com renda mensal total de até três salários mínimos, que tenham em sua composição portador de doença cujo tratamento exija o uso continuado de equipamentos com alto consumo de energia elétrica, terão acesso ao desconto conforme faixa de consumo demonstrado na tabela abaixo:
Faixa de consumo mensal
Percentual de desconto
Até 30kwh65%
Entre 31kwh e 100kwh
40%
Entre 101 kWh e 220kwh
10%

Quitação da Casa Própria
aquisição de imóvel financiado por agentes do Sistema Financeiro de Habitação (COHAB, Caixa Econômica Federal e outros bancos privados) normalmente vem condicionada à contratação de um seguro habitacional, cujo prêmio é pago junto com as parcelas mensais do financiamento.
Esse contrato de seguro normalmente possui uma cláusula prevendo a quitação do saldo devedor nos casos de morte e invalidez permanente do contratante.
Isenção do ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias
Todos aqueles que possuem algum tipo de deficiência física limitadora da capacidade de dirigir um veículo comum sem prejuízo à sua saúde ou sem risco à coletividade têm direito à isenção do ICMS. A condição de deficiente físico deverá ser atestada por uma junta médica do Departamento de Trânsito - DETRAN.
Isenção do IPVA - Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
Cada Estado possui legislação própria regulamentando a matéria. Por isso, o primeiro passo é verificar se a legislação do seu Estado contempla a isenção de IPVA para os veículos utilizados por pessoas com deficiência, podendo se enquadrar nessa condição o paciente com câncer com limitação física. Essa informação pode ser obtida nos DETRANs e nas Secretarias Estaduais da Fazenda.
Nota: Busque se orientar também através das concessionárias e revendedoras de veículos, as quais possuem informações quanto à possibilidade de usufruir do benefício tributário e como proceder para tanto.
Isenção da Tarifa no Transporte Público
Têm direito ao transporte coletivo gratuito as pessoas portadoras de deficiência física. Há cidades que concedem esta gratuidade, inclusive, ao acompanhante da pessoa com deficiência que não pode se deslocar sozinho, desde que comprovado por atestado firmado por uma instituição especializada ou serviço da Prefeitura Municipal. Busque maiores informações junto a Secretaria de Transporte Público de sua região.

Sergio Ferreira Pantaleão

Fonte: GUIA TRABALHISTA

Pesquisa da USP de São Carlos ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos

É a primeira vez que impulsos elétricos recuperam movimentos sem cirurgia.
Aposentado faz tratamento há seis anos e voltou a se alimentar sozinho.


Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP), ajuda na recuperação dos movimentos das partes do corpo de tetraplégicos. O estudo está sendo aplicado em pacientes no Hospital de Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp). Segundo os pesquisadores, é a primeira vez que os impulsos elétricos conseguem recuperar o movimento dos membros sem cirurgia, apenas com eletrodos colocados na pele.

O aposentado Marcelo Faria é tetraplégico e conta com a ajuda de quatro especialistas para fazer exercícios que possam ajudá-lo a reaprender a andar. O tratamento já dura seis anos. “Agora consigo me alimentar sozinho, escovar os dentes, até cantar, porque a respiração melhorou muito”, contou.
Quando ficou tetraplégico, o também aposentado Alexandre Fernandes não conseguia se mexer do ombro para baixo e não imaginava que voltaria a fazer movimentos, até começar o tratamento, há um ano, e melhorou o movimento dos braços. “Os espasmos diminuíram e o movimento dos braços aumentou bastante”, afirmou.
Estudo da USP São Carlos ajuda tetraplégicos a recuperar movimentos (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)Pacientes recebem estímulos elétricos e recuperam
movimentos (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)
Estímulos elétricos
Esses pacientes foram submetidos a um estímulo elétrico neuromuscular desenvolvido pelos pesquisadores da USP. Foram mais de dez anos de estudos até chegar a conclusão de que impulsos elétricos de baixa intensidade gerados por estes eletrodos ajudam os pacientes a recuperar os movimentos. “Entra pela superfície da pele, vai até a região da medula conhecida como arco-reflexo, a informação volta e quando chega na interface nervo-músculo libera acetilcolina, o que gera contração necessária”, explicou Alberto Cliquet Júnior, responsável pela pesquisa.

Entretanto, o estudo mostrou que os pacientes não precisam mais passar por uma cirurgia para inserir os eletrodos no corpo. Basta que o dispositivo seja colocado sobre a pele para estimular o sistema nervoso. Dessa maneira diminuem os riscos de infecção e de quebra dos fios do equipamento. “Esses microestimuladores injetáveis migravam para qualquer lugar do corpo humano, na circulação, e não tinha como retirá-los”, comentou o estudioso.
Estudo da USP São Carlos ajuda tetraplégicos a recuperar parte dos movimentos (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)Estudo da USP ajuda tetraplégicos a recuperar
movimentos (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)
Caminhada artificial
Pacientes voluntários passaram pelo processo no Hospital de Clínicas da Unicamp e 90% já conseguem ficar em pé e andam artificialmente. Outros 3% conseguiram mexer partes afetadas sem o estimulo elétrico. “Fundamentalmente a gente aprende por treinamento, então repetição da marcha várias vezes por semana, o sistema nervoso reaprende e esse paciente volta a andar, inicialmente involuntariamente e depois voluntariamente”, afirmou Cliquet Júnior.

Há ainda outros benefícios e o ato de ficar em pé e caminhar mesmo que por meio do equipamento ajuda a melhorar várias funções. “Alguns pacientes têm retorno de sensibilidade, melhoram a osteoporose, o que muito pacientes têm”, fisioterapeuta Eliza Azevedo.

Rodolfo Renato Cani sofreu um acidente de moto em 2006 e fraturou a coluna. São sete anos de tratamento e hoje é atleta e já consegue mover as pernas. “Como é a longo prazo, temos que nos cuidar e manter tudo em forma, a musculatura, não deixar os tendões atrofiarem, para a podermos andar normalmente”, disse.

O tempo da resposta ao tratamento varia de paciente para paciente, mas, em geral, os resultados demoram de dezesseis a vinte semanas para aparecer. Os pesquisadores têm interesse em expandir o atendimento para outros hospitais da rede pública, mas ainda não há previsão para isso.

Fonte: G1

Ponta Pé Inicial

Miguel Nicolelis faz últimos testes com exoesqueleto para Copa do Mundo

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis está à frente do projeto do ‘robô’ que possibilitará que um brasileiro com paralisia possa andar e dar o tão esperado chute na abertura da Copa do Mundo.
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Faltam 53 dias para um acontecimento que pode ser um grande marco da ciência, especialmente da ciência do Brasil.
Se tudo der certo, um jovem com paralisia nas pernas vai ficar em pé, andar e chutar uma bola, na abertura da Copa do Mundo! À frente desse projeto internacional, um brasileiro: o neurocientista Miguel Nicolelis.
As salas onde se faz ciência de ponta ficam na capital paulista, mas o ambiente é internacional.
Fantástico: Nesse laboratório de São Paulo, um espaço amplo, recém inaugurado, dezenas de cientistas do mundo inteiro trabalham literalmente 24 horas por dia para cumprir um prazo muito curto. Uma coisa rara em ciência. Um prazo só de 53 dias para algo que vai acontecer na cerimônia de abertura da Copa do Mundo. Professor, esse algo é o quê?
Miguel Nicolelis: Bom, se tudo der certo, de acordo com o nosso plano, um brasileiro, um jovem adulto brasileiro, vai, durante a cerimônia de abertura da Copa do Mundo, esse brasileiro tem uma paralisia das pernas, né, ele vai estar vestindo um exoesqueleto que nós desenvolvemos a partir desse consórcio e vai poder andar novamente e ser responsável por um chute emblemático durante essa cerimônia de abertura da Copa.
Um chute dado por uma pessoa com paralisia, visto pelo mundo todo. Será a realização de um sonho de um homem: o neurocientista brasileiro, e palmeirense fanático, Miguel Nicolelis.
Há dois anos, o Fantástico acompanha, de muito perto, esse trabalho. Em 2012, mostramos o pontapé inicial desse projeto ambicioso, no laboratório de Nicolelis, na universidade Duke, nos Estados Unidos.
O primeiro modelo de uma perna robótica. “Aqui em cima seria a articulação de um fêmur na bacia e aqui seria um joelho”, explicou Nicolelis, na época.
No ano passado, também em Duke, acompanhamos o avanço das pesquisas. Um protótipo com duas pernas e pés já sendo usado por um macaco. “Que está aprendendo a vestir o exoesqueleto”, disse o neurocientista.
Agora, no Brasil, em colaboração com a Associação de Assistência à Criança Deficiente, é a reta final. “A gente fala em horas, minutos e segundos. Todo mundo está aqui vivendo essa expectativa”, declara Nicolelis.
Para entender a pesquisa do professor Nicolelis, precisamos antes aprender duas novas expressões. A primeira é ‘exoesqueleto’. Ou seja, um esqueleto que fica por fora do corpo. Ele também é chamado, simplesmente, de robô.
A outra expressão é: ‘interface cérebro-máquina’, quer dizer uma máquina que é comandada pelo cérebro de uma pessoa.
Funciona assim: com seus pensamentos, o paciente controla quando o robô deve começar a andar. O robô dá os passos. O paciente decide quando chutar, e a máquina chuta. E a pessoa, que com os pensamentos, manda parar o movimento.
Oito jovens adultos brasileiros, que perderam os movimentos e a sensibilidade nas pernas, foram selecionados para a fase final da pesquisa. Mas só um deles vai dar o tão esperado chute, na abertura da Copa, dia 12 de junho. “A pessoa tem também que querer, estar à vontade, se sentir bem, ter prazer, estar feliz em fazer isso. Todos estão preparados”, afirma Nicolelis.
Para ser o escolhido, é preciso treinar. E muito. “Essa é uma máquina suíça de reabilitação, que nós trouxemos para o Brasil. Os nossos pesquisadores adaptaram essa máquina para poder ser um simulador do que o exoesqueleto é capaz de fazer”, explica o professor.
Para os pacientes, só entrar na máquina já foi uma emoção imensa. “Teve um paciente que falou para mim que fazia anos que ele não tinha a sensação de ficar na vertical. O que é uma coisa para nós, que a gente assume, que é trivial, né? Mas para pacientes com lesão completa da medula espinhal é uma grande conquista, né”, conta.
Nicolelis: Essa aqui é a sala principal. Nesse momento, onde nós estamos terminando a montagem.
Fantástico: Todos os oito pacientes já vestiram o exoesqueleto?
Nicolelis: Já vestiram e já fizeram testes ergonômicos. O exo já foi no chão, já andou. E agora os pacientes vão começar a se ajustar, a se adaptar ao exo andando autonomamente.
Um dos robôs já está pronto. O segundo está sendo montado. Eles vieram da França. “Em 15 meses nós saímos do zero, do ponto de vista de engenharia, né, para construir dois desses caras e colocar eles para andar”, afirma.
Feito de ligas superleves, o robô tem 70 quilos. Uma touca na cabeça do paciente capta os sinais do cérebro, como em um eletroencefalograma, e envia para o robô.
No início, a técnica de Nicolelis usava fios metálicos implantados no cérebro. Mas, mais recentemente, ele passou a usar a touca. “Quando a gente decidiu que a primeira aplicação do projeto ‘Andar de Novo’ seria realmente locomoção, usar pernas, membros inferiores, a gente descobriu que daria para a primeira aplicação começar com método não invasivo, que é uma touquinha, né”, diz Nicolelis.
Mas fazer o movimento não basta. É preciso que a pessoa sinta onde o robô está pisando. Para isso, os cientistas usam uma ‘pele artificial’, desenvolvida na Alemanha, cheia de sensores. “Essa pele artificial está embaixo do pé. Quando pisa em algum lugar, gera um sinal”, explica o neurocientista.
Quando o robô se mexe, essa pele artificial ‘sente’ os pés tocando o solo e manda um sinal para as mangas, usadas pelo paciente.
Miguel Nicolelis: O pessoal vai te ajudar a vestir essa manga de camisa, as duas. Que tem os elementos, que vibram com o sinal que vem da pele artificial. Que estaria no pé. O pisar no chão vai gerar um sinal elétrico, que vai fazer esses elementos vibrarem e você vai sentir na pele do braço.
O sinal chega aos braços, mas rapidamente a pessoa se acostuma, e o cérebro entende essas vibrações como se estivessem sendo sentidas pelos pés. “Os pés estão mexendo, eu estou sentindo uma vibração nos braços, mas é uma vibração que remete ao movimento dos pés, ao toque dos pés no chão”, experimenta o repórter.
Nos treinos, os pacientes usam óculos de realidade virtual. “Nesse momento, para a maioria de nós, a gente começa a ter a sensação que a gente está andando”, diz Nicolelis.
“É, mas é mesmo”, afirma o repórter.
Quem usar o exoesqueleto vai ter a mesma experiência. A pessoa paralisada há anos, e também sem sentir nada da cintura para baixo, recupera a sensação de caminhar.
Fantástico: Mesmo sendo um projeto tão internacional, o senhor vê esse projeto como uma conquista da ciência brasileira?
Miguel Nicolelis: Sem dúvida, ele foi pago pela ciência brasileira, ele foi imaginado por cabeças brasileiras, ele teve componentes fundamentais desenvolvidos no Brasil. Eu tenho muito orgulho de dizer que isso é algo que tem uma marca da ciência brasileira.
Fantástico: Teve algum momento em que o senhor achou que não ia dar?
Miguel Nicolelis: Nunca.
Nicolelis diz que a demonstração da Copa não é o fim dos trabalhos. É o começo.
Fantástico: O senhor imagina isso aqui um dia em uma linha de produção substituindo cadeira de rodas?
Miguel Nicolelis: Não tenho a menor dúvida. E eu espero que isso aconteça no Brasil. O limite da engenharia robótica, da mecatrônica, está aqui.
Fantástico: O estado da arte está aí?
Miguel Nicolelis: O estado da arte está aqui. E tem uma bandeirinha do Brasil, e chama Brasil Santos Dumont 1.
Então, até o dia 12 de junho, professor!
Fonte: Fantástico